Centenas de milhares de pessoas
foram às ruas neste domingo, em várias cidades do Brasil, para protestar contra
o governo e pedir a saída da Presidente Dilma Rousseff.
Centenas
de milhares de pessoas foram às ruas neste domingo, em todo Brasil, para
protestar contra o governo e pedir a saída da Presidente Dilma Rousseff.
Tânia
Rêgo/Agência Brasil
Em São Paulo, manifestantes lotaram a Avenida
Paulista vestindo verde e amarelo e com caminhões de som dos grupos que
organizaram o protesto. Dois bonecos infláveis gigantes, um representando Dilma
e outro o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em roupas de presidiário,
foram instalados no centro da avenida. As informações são da Agência
Brasil.
Segundo o Instituto Datafolha,
cerca de 500 mil pessoas estavam na conhecida rua da capital, o que constitui o
maior ato político registrado na cidade, superando a passeata pelas Diretas Já,
em 1984. Segundo o instituto, 400 mil pessoas foram às ruas na ocasião. O
Movimento Brasil Livre (MBL), um dos organizadores do ato, calculou o público
presente neste domingo em 1,2 milhão, com base em uma tecnologia que mede os
sinais de wifi de celulares.
Aécio e Alckmin vaiados
O governador de São Paulo,
Geraldo Alckmin, e o senador Aécio Neves, último candidato do PSDB à
presidência, foram hostilizados por manifestantes na Avenida Paulista. Eles não
conseguiram discursar e deixaram o local. Segundo o jornal “O Globo”, Aécio foi
chamado de "vagabundo" por uma manifestante. Também havia pessoas com
cartazes de "fora Aécio" e "fora Alckmin".
No Rio de Janeiro, a organização
estima que o número de manifestantes tenha chegado a um milhão - a PM não fez
estimativa. O protesto teve cinco horas de duração, e os cidadãos percorreram a
Avenida Atlântica, na orla de Copacabana, conduzidos por três carros de som. Um
deles trazia uma faixa com a frase "Fora Comunismo".
O porta-voz do movimento dizia
que as famílias de direita estava ali contra o PT. Uma multidão ocupou as duas
vias da avenida, ao longo de cerca de oito quarteirões. Bandeiras do Brasil e muitos
cartazes contra o PT, Dilma e Lula foram o principal material utilizado pelos
participantes.
Uma grande faixa de apoio ao juiz
Sergio Moro, que coordena o processo dos crimes investigados pela Operação Lava
Jato, foi carregada por manifestantes com os dizeres em inglês: "We all
are Sergio Moro", ou seja, “Somos Todos Sergio Moro”. No Posto 5, havia
uma fila em frente a uma tenda que colhia assinaturas de apoio à Proposta de
Emenda à Constituição 361 (PEC), que propõe aumentar a eficiência da Polícia Federal.
Em Brasília, onde 100 mil pessoas
- segundo a Polícia Militar - se reuniram para protestar, a manifestação foi
encerrada com o hino nacional cantado em coro. Não houve ocorrência de atos
violentos. O percurso dos manifestantes começou no Museu da República e foi até
o Congresso Nacional, em um total de dois quilômetros.
Junto ao povo estava o senador
Álvaro Dias (PV-PR), que migrou do PSDB para o PV no início de janeiro, após
vários meses de negociação. Também participou do ato em Brasília o deputado
Jair Bolsonaro (PSC-RJ). Vestido com uma camiseta com a frase "Direita
Já"!, o parlamentar tirou selfies com o público.
Sayonara Moreno/Agência Brasil
Em Salvador, houve concentração de manifestantes no Farol da Barra no
protesto contra a presidente do Brasil, Dilma Rousseff
Em Salvador, a maior parte dos
protestos ocorreu na Barra. O ato, que reiniu cerca de 20 mil pessoas, acabou
por volta das 13h. Eduardo Costa, um dos coordenadores do Movimento Brasil
Livre (MBL), destacou o impeachment da Presidente Dilma Rousseff como o
principal ponto de pauta do movimento.
"Fora Dilma, fora Lula, fora
PT. Há outras coisas que precisam ser feitas, mas temos que começar por aí,
para que outros governantes retomem os rumos do nosso país", explica.
Também na capital baiana, uma manifestação a favor do PT e de Dilma Rousseff
está agendada para a próxima sexta-feira, 18 de março.
Manifestações pró-PT agendadas
Em todo o país, foram programadas
manifestações a favor do impeachment da Presidente Dilma Rousseff em 503
cidades, segundo o movimento Vem pra Rua. Em algumas cidades, como Fortaleza,
Rio de Janeiro e Porto Alegre, a Central Única dos Trabalhadores e outros
movimentos mantiveram a realização de manifestações pró-governo e
pró-Lula.
A CUT convocou suas seccionais
para uma manifestação a favor da democracia para a próxima sexta-feira, dia 18.
No Distrito Federal, o PT convocou nova manifestação para o dia 31 de março.
Leia mais: http://br.sputniknews.com/brasil/20160313/3807377/protesto-dilma-brasil.html#ixzz42pKZzIXE
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